Não há professor para o Dijap, e agora?

Por Virginia Ronchete David Perez

Ninguém quer dar aula pra criança, o que faremos?

Já me deparei algumas vezes com este tipo de questionamento. E minha maior surpresa não foi ouvir as frases acima, mas respostas como, por exemplo:

“Coloca qualquer pessoa, é só contar historinha mesmo.”

“Tem uma irmã que está chegando à igreja agora pede pra ela cuidar das crianças.”

“Coloca aquela menina maior.”

Espero, sinceramente, que a surpresa não seja apenas minha, afinal penso que realidades como estas sejam mais comuns do que imaginamos, mas não deixa de ser preocupante. Outro dia, fiquei espantada quando uma das professoras do Dijap me disse que iria viajar, mas que eu podia ficar tranquila, pois ela havia arrumado uma substituta. Ao me informar fiquei sabendo que a irmã substituta estava voltando aos caminhos do Senhor, que já havia dado aula em Dijap, mas não conseguia abandonar um determinado vício.

Queridos irmãos, a falta de atenção e zelo na hora de escolher os professores do Dijap é negligência da parte da igreja e liderança do Dijap.  Para afirmar isso, recorremos a Palavra de Deus. 

Em primeiro lugar, a Bíblia assegura que há diversos tipos de dons, e cada um recebe um ou alguns em especial. Entre os dons, há um específico para o ensino, ou seja, há pessoas dotadas de qualificação espiritual para ensinar (1 Co 12:28; Rm 12:7). Se Deus se encarregou de dar esta habilidade para pessoas específicas entendemos que não é qualquer pessoa que deve se responsabilizar pelo ensino. Nem todas as pessoas têm aptidão para esta imprescindível função.

Um segundo aspecto é quanto ao hábito de colocar novos convertidos nessa função, lembremos das orientações de Jesus em Mateus 28: 19-20. A instrução aos discípulos foi ensinar as pessoas a guardar tudo o que ele havia ordenado. Então fica claro que aos novos convertidos foi reservada a função de aluno e não professor. Já que o mestre deve ser uma pessoa preparada, isto é, versada na Palavra para instruir os irmãos acerca das verdades doutrinárias. Esta verdade também pode ser entendida em relação às pessoas mais novas, que ainda não tem maturidade espiritual, nem emocional para o ensino. Talvez uma iniciativa interessante seja treiná-los para serem futuros professores, lembrando que um bom professor nunca deve deixar de estudar para cada vez ensinar melhor e com mais conteúdo.

Em terceiro e último lugar, analisemos a importância desta função: “Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o seu próprio dom para o bem dos outros” (1 Pe 4:10-NTLH).    Veja, é responsabilidade de cada cristão usar o dom que recebeu de Deus da melhor forma possível. Agora especificamente aos professores: “... não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor” (Tg 3:1-NVI). Ensinar é uma tarefa que exige muita seriedade, pois é preciso que o professor compartilhe de forma correta a Palavra do Senhor e que tenha um comportamento à altura do que prega. Ou seja, o ensino não deve ser destituído da prática.

Pense nos danos que um professor despreparado pode causar aos seus alunos? Ou mesmo, imagine um professor que ensina segundo a expressão: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”? Compreenderam a seriedade?

Professores, não desanimem de ensinar a Palavra de Deus. Use seu dom como um presente ganho de Deus, e aperfeiçoe-se neste maravilhoso ministério. Faça um compromisso de ser totalmente bíblico, tanto na sua postura quanto nos seus ensinos.

Líderes de Dijap e da Igreja, procurem pessoas versadas na Palavra de Deus, que apliquem na prática da sua vida cristã os ensinamentos obtidos pelo estudo e meditação bíblica. Afinal ensinar crianças não é uma tarefa simples, mas exige preparo, disposição e responsabilidade.

Diretor de Dijap, ore e peça direcionamento divino para selecionar os professores adequados para ensinar as crianças e os adolescentes de sua igreja. Dedique-se também em auxiliá-los a aprimorar suas aulas, tanto fornecendo materiais necessários à aula, como cursos, e sugestão de livros, etc.

Se o nosso desejo, como corpo de Cristo, é que a igreja cresça em todos os sentidos, precisamos em primeiro lugar, nos preocuparmos com a qualidade do ensino que tem sido oferecido às crianças.


Via Sou da Promessa

Um comentário:

  1. muito bom o que a irmã falou, a um tempo talvez tinha esse mesmo pensamento sobre o dijap, mas Deus por intermédio da irmã falou com todos! abraços. (JJ)

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